Dá para imaginar um mundo sem Pix? Apesar do meio de pagamento instantâneo ter mais de dois anos desde que foi lançado, em novembro de 2020, ele já está tão presente em nossas vidas que até parece que sempre esteve disponível.
E, para que o Pix continue fazendo parte do dia a dia das pessoas, o Banco Central está sempre buscando evoluir o sistema para torná-lo cada vez mais eficiente e seguro. Dessa forma, você pode continuar usando o meio de pagamento instantâneo com tranquilidade.
Abaixo, conheça alguns mecanismos de segurança do Pix que garantem mais proteção para você em suas operações bancárias.
Bloqueio cautelar de transações do Pix
O bloqueio cautelar de transações do Pix é uma camada adicional de verificação para todas as transferências que bancos e instituições financeiras recebem pelo meio de pagamento instantâneo.
Funciona assim: todas as transações Pix recebidas por uma instituição passam por uma análise automática, feita em poucos segundos por um sistema treinado para essa função. Se o sistema identificar que está tudo certo com a transação, o saldo é depositado na conta da pessoa recebedora.
Por outro lado, se o sistema identifica algum fator de risco, o dinheiro fica bloqueado enquanto uma análise manual é realizada por times de segurança das instituições. Isso pode levar até 72 horas.
Caso a fraude seja confirmada, o dinheiro é devolvido automaticamente para a pessoa que fez o Pix. Se ela não for confirmada, o dinheiro é liberado e pode ser usado sem restrições por quem recebeu a transferência.
Mecanismo especial de devolução do Pix
Desde que o Pix foi lançado, uma função permite que a pessoa que recebeu um Pix devolva o valor da transação – total ou parcial – ao pagador. Mas, até então, esta operação só podia ser realizada pela própria pessoa que recebeu o dinheiro.
Em caso de fraude ou falha operacional do sistema, as instituições envolvidas na operação precisavam trabalhar em paralelo para analisar os pedidos de devolução, o que acabava dificultando e aumentando o tempo do processo.
Com o mecanismo especial de devolução do Pix, a própria instituição em que a pessoa que recebeu a transação deverá devolver o dinheiro em caso de fraude ou erro operacional. Isso pode ser feito a partir de uma solicitação da instituição onde a pessoa que realizou a transação tem conta.
De acordo com o Banco Central, a instituição que realizar uma devolução utilizando esse mecanismo especial deve notificar o usuário (que recebeu a transação e vai ter o dinheiro debitado da conta) sobre a operação. O estorno também deve aparecer no extrato da conta.
Limites diurno e noturno para transações com Pix
Desde outubro de 2021, foi liberado o limite de R$ 1 mil para transações feitas das 20h às 6h entre pessoas físicas com Pix. Em novembro do mesmo ano, também começou a valer a possibilidade de os clientes definirem um limite diurno para as transações feitas entre 6h e 20h, adicionando uma outra camada de personalização e segurança ao produto.
Além disso, também dá para definir limites por transação para cada período. Por exemplo: mesmo que o limite total para o período noturno seja de R$ 1 mil, é possível definir um limite de R$ 200 para cada transação neste horário.
Caso a pessoa queira aumentar ou diminuir esses limites, tanto no período noturno quanto no período diurno, é possível fazer isso pela própria instituição financeira. O prazo para que a mudança seja efetivada varia de acordo com a operação:
– Para pedidos de aumento do limite, as instituições devem efetivar a mudança entre 24 e 48 horas depois da solicitação por motivos de segurança;
– Para pedidos de diminuição do limite, as instituições devem realizar a mudança imediatamente.
Lista de confiança Pix
A Lista de confiança permite você adicionar contatos para os quais será possível fazer transações acima dos limites determinados pelo Banco Central, e em qualquer horário – mesmo à noite. Assim, seus pagamentos e transferências às pessoas que você conhece, e de confiança, não serão impactados.